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Pastor Yago Martins sai em defesa de Claudia Leitte em caso polêmico sobre racismo religioso
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O pastor Yago Martins e a cantora Claudia Leitte. Fotos: Reprodução/YouTube (Yago Martins) e Reprodução/Instagram (Claudia Leitte).

O pastor Yago Martins e a cantora Claudia Leitte. Fotos: Reprodução/YouTube (Yago Martins) e Reprodução/Instagram (Claudia Leitte).

O pastor e escritor Yago Martins, criador do canal Dois Dedos de Teologia, utilizou recentemente sua plataforma no YouTube para abordar a controvérsia envolvendo a cantora Claudia Leitte. Em vídeo publicado, Yago defendeu a artista, que enfrenta um inquérito do Ministério Público da Bahia por suposto racismo religioso após alterar a letra de uma de suas músicas.

Claudia Leitte, que se converteu ao cristianismo em 2014, substituiu um trecho da música “Caranguejo”, originalmente dedicado à saudação de Iemanjá, por uma nova versão que exalta Jesus, usando a expressão “Rei Yeshua”. A alteração foi feita para refletir sua mudança de fé, mas gerou reações que culminaram na abertura de um inquérito.

Liberdade religiosa em debate

No vídeo, Yago Martins destacou que o caso não se trata apenas de Claudia Leitte, mas de um ataque à liberdade religiosa no Brasil. Ele comparou a situação a cenários de perseguição religiosa em outros países e classificou o inquérito como um absurdo.

“O Brasil é um país de liberdade religiosa, mas casos como esse nos mostram a importância de estarmos vigilantes. É inadmissível que o Estado use recursos públicos para perseguir alguém por manifestar sua fé ou por decidir não louvar entidades em que não acredita mais,” afirmou o pastor.

Yago também argumentou que Claudia Leitte tem pleno direito de mudar a letra de uma música de sua autoria para que esteja alinhada com sua fé. Ele questionou a coerência de um processo judicial que obriga uma artista a seguir padrões que contradizem suas crenças religiosas.

Repercussão e contexto

O caso veio à tona após o Ministério Público da Bahia determinar que Claudia Leitte se manifestasse em até 15 dias no inquérito. A acusação de racismo religioso tem como base a troca de menção à divindade Iemanjá, tradicionalmente celebrada em religiões de matriz africana, pelo nome de Jesus.

Claudia Leitte, que há anos não participa de práticas religiosas afro-brasileiras, optou por expressar sua fé cristã na nova versão da música. Para Yago Martins, essa escolha é um exemplo de autenticidade e liberdade individual, que deveria ser respeitada em uma sociedade democrática.

Um apelo por justiça

A fala de Yago no canal Dois Dedos de Teologia ganhou repercussão, sendo compartilhada entre comunidades cristãs e defensores da liberdade religiosa. Ele concluiu o vídeo reforçando que casos como esse devem servir como alerta para proteger a liberdade de expressão e fé no Brasil.

“A música é dela. A fé é dela. E a escolha de como expressá-la também deve ser dela. Não podemos permitir que situações como essa sejam normalizadas,” pontuou o pastor.

A defesa de Yago Martins se soma a um debate mais amplo sobre a convivência entre diferentes crenças no país, destacando a importância do respeito às escolhas individuais e ao direito à liberdade religiosa garantido pela Constituição.

 

Por Karlos Aires

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