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Opinião
Pr. Filipe Carmet convida cristãos a silenciarem a correria e escolherem “a boa parte” aos pés de Jesus
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O Pr. Filipe Carmet. Foto: Reprodução/YouTube.

O Pr. Filipe Carmet. Foto: Reprodução/YouTube.

Em uma mensagem profunda, pastoral e contracultural, o Pr. Filipe Carmet ministrou uma palavra baseada no texto de Lucas 10:38-42, destacando a diferença entre viver uma fé marcada apenas pelo ativismo religioso e uma espiritualidade fundamentada na intimidade com Jesus. A pregação, que teve como eixo central a conhecida história de Marta e Maria, trouxe um chamado direto para cristãos que vivem sobrecarregados, distraídos e espiritualmente cansados.

Ao iniciar a ministração, o pastor contextualizou o cenário bíblico, lembrando que Jesus costumava descansar na casa de Lázaro, Maria e Marta, em Betânia, um ambiente de amizade, acolhimento e proximidade. No entanto, mesmo em um ambiente íntimo, duas posturas completamente diferentes se revelam diante da presença de Cristo.

Marta servia, mas Maria escolheu ouvir

Enquanto Marta se ocupava com os afazeres da casa, preocupada em servir bem, Maria tomou uma decisão que, segundo o pastor, “vai contra a lógica do nosso tempo”: ela parou para ouvir Jesus. Para Filipe Carmet, o problema do texto não está no serviço de Marta, mas no que ela deixou de fazer.

“A gente deve servir, correr atrás das coisas e fazer o que precisa ser feito. O que não podemos deixar de fazer é ouvir Jesus”, destacou o pastor, ao afirmar que muitas vezes o ativismo dentro da igreja pode nos afastar da verdadeira essência do Evangelho.

Segundo ele, o mundo constantemente pressiona as pessoas a produzirem mais, fazerem mais e estarem sempre em movimento — inclusive dentro do ambiente cristão. No entanto, o Reino de Deus aponta para uma direção diferente: ouvir o que Jesus tem a dizer.

O cristão “underground” e a contracorrente do Reino

Durante a mensagem, o pastor apresentou o conceito do “cristão underground”, usando uma analogia com a música alternativa. Assim como no cenário musical underground, que foge das paradas de sucesso mas gera impacto real, o cristão que escolhe sentar-se aos pés de Jesus vive de forma diferente da lógica comum.

“O cristão underground não faz o que todo mundo faz. Ele faz o que ninguém quer fazer: dar tempo, atenção e coração para Jesus”, afirmou.

Essa postura, segundo ele, inevitavelmente gera estranhamento, porque quem decide desacelerar para ouvir Deus acaba indo contra a corrente de uma sociedade marcada pela pressa, barulho e distração constante.

Jesus não quer apenas o nosso serviço, Ele nos quer

Outro ponto central da pregação foi a afirmação de que Jesus não busca apenas o serviço das pessoas, mas deseja relacionamento. Para o pastor, Marta simboliza uma geração preocupada com tudo, mas com pouco tempo para se alimentar espiritualmente.

“É inadmissível passar um dia sem ouvir o que Jesus tem para nos falar”, ressaltou Filipe Carmet, ao alertar sobre o perigo de uma fé automática, mecânica e distante da presença de Deus.

Em contrapartida, Maria representa aqueles que compreenderam o que é essencial: Jesus vale mais do que qualquer outra coisa. Sentar-se aos pés d’Ele não é perda de tempo, mas um privilégio que muitos desperdiçam.

Silenciar o barulho para ouvir a voz de Jesus

Ao longo da mensagem, o pastor também trouxe a realidade atual como pano de fundo, lembrando que grande parte das crises vividas na sociedade é reflexo de pessoas que estão ocupadas demais com seus próprios interesses e sem tempo para ouvir a Deus.

“Muitos reclamam, poucos se ajoelham para pedir discernimento”, afirmou, enfatizando que a verdadeira transformação começa quando o foco sai dos problemas e se volta para Jesus.

Segundo ele, mesmo em meio ao cansaço, à falta de esperança ou à fé enfraquecida, ainda assim é possível dar um passo de fé simples, mas poderoso: dizer sinceramente “Jesus, eu quero ouvir o que o Senhor tem para falar comigo”.

A boa parte que jamais será tirada

Ao concluir a ministração, Filipe Carmet destacou a declaração de Jesus no versículo 42: “Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Para o pastor, existem coisas que Jesus nos entrega que nenhuma circunstância é capaz de roubar.

“A paz que Jesus dá, o medo não tira. A esperança que Ele coloca, a desesperança não rouba. A salvação que Ele entrega, ninguém pode tirar”, afirmou.

O convite final da pregação foi claro e direto: fazer aquilo que poucos estão dispostos a fazer. Em um mundo barulhento, apressado e distraído, escolher sentar-se aos pés de Jesus para ouvi-Lo é um ato de fé, coragem e amor.

“Se você quer ouvir aquilo que ninguém ouve, precisa fazer o que ninguém quer fazer: sentar-se aos pés de Jesus”, concluiu o pastor, reforçando que essa escolha define não apenas momentos espirituais, mas o centro de toda a vida cristã.

Confira a pregação na íntegra abaixo.

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