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China: quase 30 pastores e líderes são presos na Igreja Zion
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Igrejas chinesas se uniram em oração pela pressão intensa às igrejas ligadas à Zion na China (foto representativa). Foto: Portas Abertas.

Igrejas chinesas se uniram em oração pela pressão intensa às igrejas ligadas à Zion na China (foto representativa). Foto: Portas Abertas.

Entre os dias 9 e 11 de outubro, cerca de 30 pastores e líderes ligados à Igreja Zion, uma das redes de igrejas secretas mais influentes da China, foram supostamente presos ou desapareceram em várias regiões do país. Entre os detidos está o fundador da igreja, o Pastor Jin Mingri. 

Até o dia 13 de outubro, 16 pessoas foram libertas. No entanto, o status dos demais presos permanece incerto. As famílias de vários dos detidos receberam notificações oficiais de detenção criminal emitidas em 13 de outubro pela Delegacia de Yinhai, do Departamento de Segurança Pública de Beihai, na Província de Guangxi. 

Os documentos confirmam que os pastores Jin Mingri, Gao Yingjia, Yin Huibin e Wang Cong e a cristã Yang Lijun foram formalmente acusados de “uso ilegal de informações da internet”. As acusações podem estar relacionadas ao recém-implementado “Código de Conduta Online para Profissionais Religiosos”, divulgado pelo Departamento Nacional de Assuntos Religiosos em setembro de 2025. 

 

O que são as igrejas domésticas na China? 

Fundada em Pequim em 2007, a Igreja Zion é uma das maiores redes de igrejas domésticas da China, ou seja, que se reúnem em casas sem o registro oficial do governo. Ela está presente em mais de 40 cidades. Conhecida por seu trabalho e envolvimento ativo em escrita, educação, fortalecimento familiar, cuidado comunitário e plantação de igrejas, a Zion também desenvolveu um ministério online significativo nos últimos anos. 

“Em nossos corações há medo, raiva, lágrimas e confusão. Esta noite escura parece especialmente longa. Mas também sabemos que a noite não é eterna. Como dizema as Escrituras: ‘A noite está quase acabando; o dia logo vem.’”, dr. Zhao Xiao 

Nos últimos meses, as igrejas domésticas — consideradas não registradas e ilegais — têm enfrentado crescente pressão na China. Cultos de igrejas em diferentes regiões do país foram invadidos, pastores e membros da igreja foram interrogados, detidos ou sentenciados. O incidente recente envolvendo a Igreja Zion provocou reações dentro da comunidade das igrejas domésticas. Cristãos e igrejas estão unidas na China, organizando encontros de orações e várias igrejas influentes emitiram declarações públicas online expressando apoio à Igreja Zion. 

“Em nossos corações há medo, raiva, lágrimas e confusão”, disse o economista cristão chinês dr. Zhao Xiao em uma carta publicada online em 12 de outubro para encorajar os cristãos chineses diante da situação da Igreja Zion. Ele continua: “Esta noite escura parece especialmente longa. Mas também sabemos que a noite não é eterna. Como dizem as Escrituras: ‘A noite está quase acabando; o dia logo vem’ (Romanos 13:12)”. 

Para apoiar a igreja na China, a Portas Abertas lança a campanha de apoio capacitação de jovens líderes da igreja na China. Saiba mais na campanha.  

 

A perseguição a cristãos na China

A China ocupa a 15ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

O cristianismo na China pode ser percebido e tratado de forma diferente, dependendo de onde é praticado – mas está sempre à mercê do Partido Comunista Chinês (PCC). Nos últimos anos, o governo tem tentado agressivamente garantir que toda expressão religiosa seja alinhada com a filosofia comunista chinesa oficial. Qualquer igreja ou líder de igreja que vá além disso pode enfrentar fortes restrições. 

As igrejas não registradas, mesmo as que antes eram toleradas, são consideradas ilegais e cada vez mais pressionadas, à medida que as autoridades buscam impor os regulamentos do PCC e endurecer as políticas sobre a liberdade religiosa. As igrejas aprovadas pelo Estado estão sob forte pressão ideológica, e as congregações menores são frequentemente forçadas a se fundir para fazer uma igreja maior que seja mais fácil para o Estado controlar.

Menores de 18 anos são proibidos de frequentar a igreja. As igrejas registradas são cuidadosamente regulamentadas para garantir que nada do que elas promovem esteja fora das diretrizes do PCC. A vigilância e o monitoramento intenso de todos os líderes da igreja suspeitos são consequências de seguir a Jesus na China.

Em regiões onde o islã ou o budismo tibetano são religiões majoritárias, os cristãos convertidos dessas religiões podem enfrentar pressão e vigilância maiores – e às vezes violência – da família e da comunidade.

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